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RESULTADOS DA APLICAÇÃO EXPERIMENTAL DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA

      

Dos resultados obtidos, observou-se que os alunos desenvolveram a aprendizagem com sentido e avançaram na capacidade de analisar e pensar sobre os conteúdos que integraram a sequência didática, podendo argumentar com palavras ou representações e apresentar indícios de que conseguem ler, representar e reconhecer formas variadas de uma função do primeiro grau.

      Os alunos mostraram envolvimento e disposição para resolver as diferentes situações-problema das atividades de cada etapa da sequência didática, discutindo com os colegas de grupo, apresentando as resoluções para que fossem apreciadas, comentadas e ajustadas no grande grupo, e complementadas com explicações e fechamentos da professora, podendo assim compreender o significado de função do primeiro grau, não mais preocupando-se somente com resoluções mecânicas em instrumentos de avaliação, como era comum outrora acontecer.

 

      Diante das observações e análises procedidas, considerando as etapas da modelagem matemática e das condições necessárias para ocorrência de uma aprendizagem significativa, evidenciou-se que a sequência didática, elaborada com fundamentos teóricos assumidos em todo o percurso da pesquisa, ao ser aplicada, apresentou indícios de ocorrência de uma aprendizagem significativa, revelando que os alunos demonstraram interesse e gosto pelo estudo, que houve construção de conhecimentos e de que estes foram reconhecidos e aplicados em diversas situações-problemas, que também envolveram o cotidiano, e que foi possível a integração de conceitos com outras áreas do conhecimento. Ressalta-se, ainda, a quebra do paradigma da repetição do conteúdo, pelo professor e depois pelo aluno, em atividades de aprendizagem e de avaliação da aprendizagem, dando lugar a discussões e à socialização de ideias e de aprendizagens em cada grupo de estudos e no grande grupo.

     

      A modelagem favoreceu a compreensão de conteúdos, pois o assunto proposto despertou o interesse dos alunos, mostrou ter sido desafiador e ao alcance de todos. A convivência com os estudantes nessa experiência pedagógica, que serviu como pesquisa de mestrado, demonstrou que o discente desenvolve autonomia quando constrói conhecimento, atribuindo sentido ao que aprende; assim, constrói também mecanismos próprios para resolver situações do cotidiano. Esta é a satisfação maior que sente o professor, é a satisfação do dever cumprido, ao perceber que os conhecimentos propostos para serem aprendidos foram diferenciados progressivamente, sendo possível que muitos alunos atingissem situações de reconciliação integradora.

      Por fim, reservou-se outra contribuição valorosa, relacionada à vida profissional da professora pesquisadora, pois fez com que ela refletisse e repensasse toda sua prática a partir desta pesquisa, buscando novas formas de abordar os conteúdos, de envolver os alunos em atividades de aprendizagem que os favoreçam a atribuir sentido para o que aprendem e a afastar-se cada vez mais de uma aprendizagem puramente mecânica. Os resultados da pesquisa serviram de inspiração para a programação de novas aulas, mais dinâmicas, com mais participação de quem deve aprender – que é o aluno –, e que buscam a integração da modelagem matemática, sempre que é possível em relação ao conteúdo trabalho, construindo outras propostas didáticas focadas em promover uma aprendizagem significativa.

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